A berberina é um dos suplementos com propriedades hipocolesteromiantes, antidiabéticas, antidiarreicas e anti-inflamatórias principalmente, que a ocupar espaço, por mérito próprio, nas estantes e catálogos virtuais das ervanárias e estabelecimentos especializados em nutrição. Mas, será que a berberina apresenta contraindicações?
Porque, apesar de se tratar de uma substância totalmente natural, não podemos subestimar a possibilidade de a sua ingestão proporcionar o aparecimento de determinados efeitos secundários.
Devemos respeitar sempre a forma de utilização apresentada nos suplementos alimentares.
Vamos apresentá-las!
Índice
Efeitos secundários da Berberina
A berberina foi considerada pela Food and Drug Administration norte-americana (FDA) como uma substância segura.
Pelo que não deves ter qualquer problema na hora de começar com a suplementação.
De igual forma, a European Food Safety Authority (EFSA) não baniu a sua utilização, embora tenha sido avaliado o risco de toxicidade de algumas plantas do mesmo tipo Berberis do qual foi extraído.
Por isso é que os efeitos secundários que são conhecidos neste momento, são descritos os mais comuns quando falamos de suplementos alimentares, limitados principalmente à esfera gastrointestinal: náuseas, obstipação, dores intestinais, diarreia, ardor e/ou refluxo.
Na sua maioria causados pelo excesso das quantidades estabelecidas na posologia ou consumo da berberina co o estômago vazio.
Atenção! Destaque para o facto de não ter ocorrido qualquer caso de hipoglicémia.
Apesar disso, tudo o que estiver relacionado com saúde recomenda a prudência, sendo conveniente a revisão das circunstâncias que levam a que determinados grupos de doentes apresentem estes efeitos secundários:
- Diabéticos: devem ter cuidado com a insulina para evitar descidas bruscas.
- Hipotensos: embora, na teoria, a berberina possa ser a causa de uma descida acentuada da tensão arterial, a verdade é que em casos extremos pode conduzir ao denominado «choque hipovolémico».
- Mulheres grávidas e em fase de amamentação: também devem evitar o seu consumo, uma vez que nas mães grávidas, pode atravessar a placenta e causar danos no feto. No caso das mães em fase de amamentação, pode ser filtrado para o colostro ou para o leite, passando para o bebé e as consequências a esse respeito ainda não são conhecidas.
- Crianças: devem evitar a sua administração devido ao risco de toxicidade que representa, que não foi profundamente avaliada, embora sejam conhecidas interações com o metabolismo hepático através do CYP450. A berberina pode atrasar significativamente a eliminação da bilirrubina por parte do fígado e causar problemas de toxicidade neste órgão.
Principais interações com outros fármacos
O pressuposto é que, se estiveres a tomar medicação, deves consultar o médico antes de tomar suplementos com berberina, em particular, existe o risco de comprometer a eficácia do tratamento em causa, principalmente, se tratar de tetraciclinas.
A berberina comporta-se como um inibidor da agregação de plaquetas.
Embora também possa neutralizar o efeito de fármacos anticoagulantes como, por exemplo, acetilsalicílico, warfarina ou clopidogrel, ao participar nos locais de união e conduzir a distúrbios hemodinâmicos de risco por coagulação e doentes que recorrem a estes fármacos.
Como agente anti-inflamatório que é, a berberina pode mesmo interagir com os inibidores da ciclooxigenase, como o ibuprofeno ou o celecoxib. Ao mesmo tempo, pode vir a neutralizar o efeito de anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno e o naproxeno.
Verificaram-se casos de forte (e potencialmente fatal) toxicidade cardíaca devido à utilização combinada de berberina com antibióticos do grupo dos macrólidos, como a famosa e muito utilizada azitromicina.
Interações com ervas e suplementos
Ao nível de suplementos de ervanária, a berberina atua em sinergia com:
Sedativos
A berberina pode causar sonolência. Este efeito pode ser ainda mais potencializado se for ingerida juntamente com outras preparações de efeito semelhante como aqueles com elevada concentração de cálamo, nêveda, lúpulo, guamá, kava, triptófano, melatonina, sálvia ou escutelaria, entre outros.
Anticoagulantes
Tomar berberina juntamente com angélica, cravo da índia, alho, gengibre, ginkgo biloba ou ginseng, entre outras substâncias pode diminuir a capacidade de coagulação. Aumenta a probabilidade da ocorrência de hematomas e hemorragia.
Hipotensores
Quando ingerimos ao mesmo tempo do que suplementos destinados a baixar a tensão arterial, pode causar uma descida acentuada da tensão, além de causar bradicardia. Alguns exemplos são os peptídeos da caseína do leite, a unha de gato, o óleo de peixe, a L-arginina, o extrato de alho, o extrato de café verde e a teanina.
Hipoglicemiantes
Determinados produtos naturais apresentam uma elevada tendência hipoglicemiante, como o ácido a-lipóico, alho, melão amargo, garra do diabo, feno-grego, goma de guar, canela ou ginseng, sem ofensa de esgotar o catálogo. Em conformidade com isto, há que ter cuidado com a ingestão de berberina.
Outras substâncias ricas em Berberina
Consumir ao mesmo tempo outras ervas de cuja composição faz parte a berberina pode causar risco de toxicidade. Entre elas, podemos salientar a sanguinária ou a celandina.
Além disso, quando é apresentado um tratamento com berberina, deve tomar precauções com a ingestão de outros suplementos, como é o caso do arroz de levedura de arroz vermelho fermentado.
A sua ingestão é segura?
Sim, conforme referimos, a ingestão de berberina é segura, desde que sejam respeitadas as quantidades diárias recomendadas, e confirmar com o médico que não existem interações com outros fármacos e/ou suplementos utilizados.
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Interações com outros fármacos - 100%
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Segurança da sua ingestão - 100%
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