Este post trata de aportar ferramentas praticas que podes utilizar imediatamente para, em definitiva, sofrer menos e superar ao confinamento.
O mundo esta paralisado…
O nosso templo e nervos se estão a prova. As medidas de distanciamento social são mais necessárias que nunca para frear uma pandemia que está acabando lentamente com a nossa sociedade.
Índice
- 1 As Consequências Psicológicas da Quarentena são Reais
- 2 Respeita-te a ti mesmo
- 3 Mantém os Horários
- 4 Treino Diário, Intenso, Variado e Breve
- 5 Alguns Suplementos Podem Ajudar-te
- 6 Vive o Dia a Dia
- 7 Limitar o Input de Informação
- 8 Meditar como Antídoto contra a Ansiedade
- 9 Conclusões
- 10 Fontes Bibliográficas
- 11 Entradas Relacionadas
As Consequências Psicológicas da Quarentena são Reais
Este artigo de Lancet publicado tão só alguns dias acertar com o problema ao que todos nos enfrentamos, mais que, atualmente, só uns poucos falam (Brooks et al., 2020).
A quarentena e o confinamento são necessários.
No obstante, temos que enfrentar as consequências, especialmente as sequelas psicológicas da mesma.
Necessitamos estratégias reais e quotidianas para começar a aumentar agora.
De pouco serve as muitas comparativas que encontramos na redes sociais ultimamente entre a nossa situação e a de outras pessoas que tiveram que suportar conflitos bélicos.
Respeita-te a ti mesmo
Com este imperativo quero deixar claro isto.
Levantar, sentar no sofá depois de tomar o pequeno-almoço e jogar Call Of Duty, ver programas na tv á tarde e dormir às 3 da manhã vendo séries Não é respeitar a ti.
É justamente o contrario.
É o momento de manter as quotas de disciplina mínimas, e isso implica:
Arrumar pelas manhãs, como se fosses trabalhar
Não ficar em pijama. Se normalmente fazes isso maquia um pouco. Coloca uns sapatos.
Não estás de férias
Estabelece um horário (idealmente pela manhã) destinado ao “trabalho”.
Claro, se estás teletrabalhando, obviamente se dedicara a isso, trabalhar.
Más se não estas teletrabalhando, ou és estudante, deves estabelecer estas horas para fazer aquilo que não é ócio e que normalmente não gostas tanto:
- Estudar
- Limpar a casa
- Ler um livro
- Organizar
- Ajudar as crianças com as tarefas
Diferencia tempo de “trabalho” e tempo de “ócio”
Deves criar um contraste entre tarefas relativas ao ócio (consolas, séries, internet) e tarefas relativas ao não-ócio.
Lembra: O que é breve, e é bom, é duas vezes bom.
Mantém os Horários
Na mesma linha que o ponto 1:
Chegou o momento de sacar a disciplina interna a reluzir.
Digo interna, porque na maioria de casos não tens um motivador externo que ajude a exercer essa disciplina (professor, chefe, horários, etc.).
Coloca o alarme pela manhã, a uma hora que possas descansar o suficiente, más não mais que isso.
Nada de ficar pospondo!. é o pior que podes fazer agora mesmo.
Mantém na medida do possível os horários de pequeno-almoço, almoço e jantar.
E mais importante ainda, apesar de ser muito tentador más NÃO durmas mais tarde do normal.
Em conclusão, que os teus horários se assemelhem o mais possível aos de antes.
Treino Diário, Intenso, Variado e Breve
Más agora é MAIS importante. Pois a tua saúde mental e física depende do teu treino diário.
Sim, já não podemos fazer só NEAT ou a actividade física, porque terá diminuído drasticamente quando estes lendo estas linhas.
Se antes consumias 1200 kcal graças o NEAT, agora, com sorte, chegaras as 700. Isso implica que temos sim ou sim, que treinar se não queremos que a nossa saúde física e mental se vejam comprometidas.
- Elabora pelas manhãs os treino e escreva-os.
- Não treines sem antes planear o treino.
- Agora és o teu próprio treinador e treinadora.
- Faz treinos curtos, variados e intensos.
- Existem mil combinações diferentes.
- Se tens que inverter em material para casa, este é o momento.
Estamos a falar da tua saúde. Faça-o!
Alguns Suplementos Podem Ajudar-te
Vamos a estar fechados muito tempo…
Os nossos níveis de vitamina D vão diminuir, e neste caso concreto, a não ser que tenhas uns níveis altos, um suplemento com 4000 UI diárias ou o seu equivalente semanal/mensal, pode ser de grande ajuda.
Igualmente, se começas com transtornos do sono, aos que seremos mais propensos (menos exposição a luz solar, menos actividade, mais ecrãs e luz azul), a melatonina também pode ajudar.
Idealmente, toma só os dias que não consigas conciliar o sono, para não gerar tolerância e resistência (que por outro lado não estão confirmadas na literatura científica).
Vive o Dia a Dia
A tua missão é uma: viver este dia.
- Não penses no amanhã. Nem nos negócios ou na empresa. Não penses quando se abram as portas.
- Pensa no dia de hoje. O que tens que fazer hoje. E como vais realizar-lo.
Faça mais e pensa menos. Procura ficar ocupado todo o tempo possível.
Más como essa é a tua missão, deves cumprir.
E para não gerar mais ansiedade da necessária precisas que limites o teu campo visual para o hoje e o agora.
Limitar o Input de Informação
Talvez depois do exercício, seja o segundo ponto mais importante.
A isto se soma ao expectação: todos queremos saber o que está a passar, como estão as coisas e quantas vítimas há.
É normal que sempre estejas a actualizar Twitter, os jornais digitais ou os sites de contagem em tempo real das vítimas e contagiados.
Más deves colocar limites nisso.
Eu, só vejo noticias relacionadas com o problema SÓ antes de almoçar e antes de jantar, e nunca durante mais de meia hora.
Meditar como Antídoto contra a Ansiedade
Se existe um antídoto para a ansiedade tão útil como o exercício físico, é a meditação.
Não importa que não tenhas feito nunca, é um bom momento para começar. Ao menos agora tens a desculpa da falta de tempo.
Tens aplicativos como Headspace que te vai guiar no processo de aprender a meditar.
Vais a ficar surpreso com o rápido que vás a melhorar o teu estado mental e físico.
Conclusões
Esta é uma batalha um pouco glamurosa. Más continua a ser uma batalha. Uma batalha interna. Uma batalha contra-relógio.
Vamos a ser colocados a prova de forma dura nos próximos dias.
Vejo-te no próximo post. A seguir empoderando. Muita força!
Fontes Bibliográficas
- Brooks, S. K., Webster, R. K., Smith, L. E., Woodland, L., Wessely, S., Greenberg, N., & Rubin, G. J. (2020). The psychological impact of quarantine and how to reduce it: rapid review of the evidence. The Lancet.
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Fazer exercício - 100%
Não olhar sempre as notícias - 99%
Fazer as tarefas diárias - 100%
Estabelecer um horário - 100%
Suplementos - 100%
Meditar - 100%
100%