A Taurina é o suplemento alimentar da moda.
Todos os desportistas a consomem pelos seus benefícios e propriedades: antes das suas competições desportivas, à noite antes de dormir… E cada vez mais encontramos investigações da sua aplicação sobre a saúde em humanos.
Índice
O que é
A taurina é um aminoácido, esses constituintes das proteínas que todos conhecemos. No entanto, neste caso há uma pequena diferença.
É um aminoácido com propriedades não proteinogénicas, que não está presente nas proteínas do nosso organismo, e que unicamente se encontra presente na forma livre graças à capacidade do organismo de o criar mediante a aplicação de reações metabólicas.
Para que é a Taurina
Até há umas décadas atrás, era considerada um “osmolito”.
Isto quer dizer: um componente dos tecidos líquidos do nosso corpo (como o sangue ou o meio intersticial) que unicamente cumpria um papel como agente de carga para evitar perder pressão osmótica.
Já desde há mais de 10 anos que sabemos que não se limita a este papel, e a sua insuficiência completa (também dos seus precursores) é associada a:
- Alterações do sistema nervoso.
- Funcionamento hepático.
- Desenvolvimento visual.
- Manutenção da integridade da retina.
(Ripps y Shen, 2012).
Estrutura molecular da taurina.
Quais são as propriedades da Taurina
Atualmente, é muito utilizada por desportistas, depois da publicação de uma série de estudos científicos em humanos onde a suplementação alimentar com este composto parecia produzir benefícios na resistência física.
Uma publicação de 10 estudos publicada por Waldron et al. (2018) concluiu que doses entre 1 e 6 gramas em forma de suplemento alimentar tinham benefícios sobre:
- O aumento do tempo até à fadiga.
- A potência.
Enquanto que o seu consumo não mostrava resultados positivos nem negativos sobre o tempo específico em provas de velocidade à falta de mais estudos.
Mecanismos de modulação nervosa e neuroproteção (Jakaria et al., 2019).
De onde vem a Taurina
Está muito concentrada na nossa medula espinal, no cérebro e nos olhos e mantém o nosso estado de saúde.
É criada a partir da conversão de outros aminoácidos: Cisteína e Metionina, neste caso, são nutricionalmente indispensáveis, mediante a ação da enzima Cisteinasulfinato descarboxilase (CSD).
Rota de síntese a partir da cisteína por meio da cisteinasulfinato descarboxilase.
Apesar de existirem outros caminhos de síntese, são menores em comparação com a conversão da cisteína.
Alimentos que contêm Taurina
Os grupos de alimentos que mais a contêm são os frutos secos e os mariscos e cefalópodes.
Em função da espécie concreta a concentração é muito variável, flutuando desde umas poucas miligramas até gramas, por cada 100g de alimento.
Nesta representação gráfica pode ver-se claramente a variabilidade da concentração em diferentes alimentos catalogados pela sua origem.
Concentração de taurina em vários alimentos de origem animal.
Pasantes-Morales, Quesada, Alcocer e Sánchez, em 1989, publicaram no Nutrition Reports International, um estudo determinando as concentrações dos alimentos mais consumidos no México.
Podemos utilizar estes dados como referência para selecionar as nossas escolhas alimentares de consumo, na procura daquelas opções mais ricas.
Alimento | Conteúdo (µmol/g) |
Carnes | |
Vaca | 3,7 |
Porco | 4 |
Frango (pechuga) | 1,4 |
Frango (perna) | 6,6 |
Peixes | |
Tilápia | 9,1 |
Mariscos | |
Gambas | 3,5 |
Ameijôas | 41,4 |
Polvo | 31,2 |
Lagostins | 12,4 |
Taurina em frutos secos.
Em medidas de dimensão de uma milésima menor (nanomóis) encontraram:
Alimento | Conteúdo (nmol/g) |
Frutos com casca | |
Noz | 15,4 |
Amêndoa | 17,9 |
Caju | 38,3 |
Pistacho | 4,9 |
Avelã | 46,8 |
Pinhões | 33,4 |
Leguminosas | |
Feijão preto | 9,2 |
Favas | 12,9 |
Grão | 18,7 |
Lentilhas | 13,3 |
Semillas | |
Sementes de abóbora | 13,5 |
Outros alimentos avaliados nos quais não foram detetadas concentrações quantificáveis, são:
Contra-indicações
Não existem contra-indicações específicas, já que se encontra naturalmente presente no organismo e com o qual o nosso corpo se encontra familiarizado.
O consumo até doses de 3g foi estabelecida como uma prática com alto grau de segurança, apesar de ter sido avaliada a suplementação alimentar com doses de até 10g sem efeitos adversos de forma generalizada.
Recomenda-se utilizar com precaução, sob conhecimento e controlo médico, durante a gravidez e a lactância, já que não dispomos de suficientes dados toxicológicos neste período.
Mesmo assim, a evidência preliminar tende a assinalar um efeito positivo ao ser capaz de transferir parte através do leite da mama, enriquecendo o seu potencial nutricional.
Recomenda-se evitar o seu consumo: quando se segue um tratamento com agentes trombolíticos, anticoagulantes, antiagregantes plaquetários, e/ou salicilatos, já que pode interferir aumentando os seus efeitos.
Os principais efeitos secundários foram descritos em casos de consumo de bebidas energéticas que contêm o ingrediente. No entanto, a sua relação não é causal já que não se pôde estabelecer relação entre os eventos (principalmente cardiovasculares) e a taurina em si mesma.
Empregado de mesa servindo uma bebida energética comercial.
Taurina em bebidas energéticas
A maioria das marcas conhecidas de bebidas energéticas do mercado utilizam-na como ingrediente nas suas fórmulas.
- A sua utilização nas bebidas energéticas deve-se ao anteriormente descrito, possível efeito neuroprotetor contra a excitabilidade nervosa que pode induzir o uso de elevadas doses de cafeína.
- Acrescenta-se que as bebidas com elevado teor em cafeína como uma estratégia com potencial teórico para fazer face à sobreativação que gera a cafeína.
Onde comprar Taurina?
Podes encontrá-la nos produtos da HSN.
Dispomos do aminoácido puro na sua forma química natural, tanto em formato em pó como em cápsulas de elevada concentração (500mg):
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Referências bibliográficas
- Jakaria, M., Azam, S., Haque, M. E., Jo, S. H., Uddin, M. S., Kim, I. S., & Choi, D. K. (2019). Taurine and its analogs in neurological disorders: Focus on therapeutic potential and molecular mechanisms. Redox Biology, 24, 1–15.
- Pasantes-Morales, H., Quesada, O., Alcocer, L., & Sanchez Olea, R. (1989). Taurine content in foods. Nutrition Reports International, 40(4), 793–801.
Ripps, H., & Shen, W. (2012). Review: Taurine: A “very essential” amino acid. Molecular Vision, 18, 2673–2686. - Waldron, M., Patterson, S. D., Tallent, J., & Jeffries, O. (2018). The Effects of an Oral Taurine Dose and Supplementation Period on Endurance Exercise Performance in Humans: A Meta-Analysis. Sports Medicine, 48(5), 1247–1253.
- Yamori, Y., Taguchi, T., Hamada, A., Kunimasa, K., Mori, H., & Mori, M. (2010). Taurine in health and diseases: Consistent evidence from experimental and epidemiological studies. Journal of Biomedical Science, 17(SUPPL. 1), S6.
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