O Balanço de Nitrogénio é um término utilizado para descrever o ratio de síntese e deterioração proteica que sofre o nosso organismo
Índice
- 1 O que é Turnover Proteico?
- 2 Aminoácidos e Nitrogénio
- 3 Anabolismo e Catabolismo
- 4 Absorção de proteína e libertação de aminoácidos
- 5 Fatores que determinam a qualidade de uma proteína
- 6 Evonight 2.0 de SportSeries
- 7 Estados do Balanço de Nitrogénio
- 8 Como conseguir um Balanço de Nitrogénio Positivo
- 9 Treinar de modo “anabólico”
- 10 Fontes Bibliográficas
- 11 Entradas Relacionadas
O que é Turnover Proteico?
O metabolismo proteico é um complexo de processos metabólico que podemos denominar de o “turnover ou troca proteica”
O turnover proteico é a relação que existe entre a síntese e a deterioração proteica, um balanço positivo para a síntese seria categorizado como “anabolismo”, frente a um maior peso da deterioração que seria considerada como “catabolismo”.
O certo é que nas células de todos os tecidos orgânicos ambos processos se relevam, síntese/deterioração proteica como processo RED-OX (Redução-Oxidação); o final de um período de tempo indeterminado concluirá com um resultado final do processo.
Aminoácidos e Nitrogénio
Os aminoácidos constituintes das proteínas e péptidos possui átomos de Nitrogénio, que é a medida que mais usualmente utiliza-se para quantificar o conteúdo proteico dos alimentos, de facto, a AECOSAN, costuma utilizar quantificações de proteína por volumetría aplicando o método Kjeldahl que esta baseado na quantificação da carga de nitrogénio presente no alimento.
O que pode causar confusão, já que existe moléculas nitrogenadas não proteicas, simplesmente é um vazio legal.
A técnica do balanço de nitrogénio foi usado graças as suas caraterísticas não invasivas, o procedimento se reduz a quantificar o nitrogénio ingerido – o nitrogénio excretado; onde um balanço positivo resulta em PS (protein synthesis) > PB (protein breakdown), um balanço neutro seria PS=PB, e um balanço negativo PS<PB.
É devido a isso que universalmente, mas bem por pessoas pouco instruída no campo, reduz o turnover proteico ao conceito de balanço de nitrogénio, sendo este último um simples método para intentar estimar o metabolismo proteico.
Poortmans et al. (2012) nos ensina que existem mais técnicas para quantificar isto:
- Não invasivas
- Administração de 2H2O
- Balanço de nitrogénio de corpo inteiro
- Invasivas
- Medições do turnover proteico de corpo completo através da diluição de marcadores de aminoácidos no plasma (marcadores isotópicos estáveis)
- Estimação da medição da síntese proteica do tecido através da diferencia arterio-venosa
- Outros métodos recentes pouco validados.
Anabolismo e Catabolismo
A relação entre sínteses proteica e deterioração proteica resulta em processos anabólicos/catabólicos
Ambos revelam-se, por exemplo, durante o exercício físico extenuante onde predomina um processo catabólico, frente ao período de recuperação pós-exercício em que prevaleça o processo anabólico se tiver havido uma nutrição adequada pós-treino.
O consumo proteico resulta crucial para poder assegurar este processo anabólico
Assim mesmo, produzir uma aminoacidemia prolongada resulta claramente superior a produzir uma libertação aguda de aminoácidos no plasma onde um percentagem dos mesmos são oxidados, transaminados, e não se utiliza para funções plásticas
Absorção de proteína e libertação de aminoácidos
Existe um grande erro de conceito sobre a absorção proteica
Onde um grande percentagem da população assegura que a coingestão de proteína com gorduras e/ou hidratos de carbono produz uma libertação mais prolongada de aminoácidos no plasma. Algo completamente erróneo extrapolado da redução do IG dos hidratos de carbono na sua coingestão com outros nutrientes.
O certo é que a digestão e absorção pode verse ligeiramente alterada, mas esta não produz nenhum tipo de release no ratio da libertação de aminoácidos, sua bio-disponibilidade nem o síntese proteica miofibrilar.
Isto se traduz que a cinética da absorção (conceito extraído de farmacologia) proteica esta reduzida a fonte alimentar e não a combinação de nutrientes
Fatores que determinam a qualidade de uma proteína
O que determina a qualidade de uma fonte proteica, depende do exposto no ISSNS (2005) por Hoffman & Falvo é:
- A escala de valoração proteica
- Ratio de eficiência proteica
- Valor biológico
- Percentagem de utilização neto
- Digestibilidade proteica corregida por pontuação de aminoácidos.
Para determinar a qualidade de uma fonte proteica se reduz na ponderação dos fatores anteriores
É por isso que as proteínas vegetais, incluído aqueles que contém um aminograma completo “costumam pontuar menor valor biológico, o neto da utilização proteica, PDCAAS e o ratio de eficiência proteica, que as proteínas de origem animal”.
Figura II. Tabela da valoração da qualidade proteica de diferentes alimentos. Extraída de Hoffman & Falvo (2005)
É por isso que no ranking de qualidade proteica, o ovo, e os produtos lácteos são aqueles que pontuam melhor. Embora, quando falamos de proteínas de origem lácteo, sabemos que não são todos iguais.
Existe lactosoro (whey) e caseinato (cálcico, sódico e caseína micelar, principalmente)
Figura III. (A) concentrações de leucina em plasma, (B) enriquecimento do marcador 2H3 em infusão I.V., e (C) enriquecimentos do marcador 13C administrado oralmente, depois de uma refeição constituída pela proteína whey (13C-WP study) e caseína (13C-CAS study). Extraído de Boirie et al. (1997)
Evonight 2.0 de SportSeries
É por isso que o uso de uma proteína “misturada”, conhecida como proteínas sequenciais, resultam uma opção muito adequada para utilizar:
Por isso HSNStore fabricou Evonight 2.0, uma proteína de libertação sequencial cujas fontes são:
- Proteína de soro de leite (Concentrado e Isolado)
- Albumina de Ovo
- Caseinato e Proteína de leite
Combina 3 fontes proteicas de grande qualidade, com diferentes cinéticas de absorção, o que traduz em uma grande utilização neta proteica, de fontes com alto valor biológico.
Nosso interesse esta em manter durante o maior tempo, um estado de Balanço de Nitrogénio Positivo. Este facto tem relação com a disposição de nutrientes que circulam pela nossa corrente sanguíneo, ou seja, a presencia de aminoácidos.
Para conseguir este resultado, apostar por um tipo de proteína que nos permite aportar durante períodos de tempo onde não realizaremos nenhum ingesta alimentar, aminoácidos seria uma estratégia muito factível para propiciar nossos avances e ganhos.
Fomentar um estado de Balanço de Nitrogénio Positivo é a chave para conseguir a óptima recuperação, reparação e crescimento dos tecidos musculares
Estados do Balanço de Nitrogénio
Positivo
É o estado ótimo para que tenha lugar ao crescimento muscular
É quando o nitrogénio tomado é maior que o que “sai”. Basicamente nos indica que o corpo recuperou-se corretamente do último treino. Quanto maior a capacidade de retenção de nitrogénio, maior rapidez nos processos de recuperação.
Negativo
É o pior dos estados para um bodybuilder, e dá-se quando a quantidade de nitrogénio perdido é maior que a resposta
Não só o nitrogénio obtido dos músculos, é necessário para o crescimento, mas também o tomado de órgãos vitais, e pelo o que pode ocorrer algum dano importante. Evidentemente, o estado negativo do balanço de nitrogénio destruí músculo e apresenta ao corpo um estado catabólico.
Equilibro
Este estado seria menos ruim que o anterior, pelo facto de evitar ao catabolismo, mas como sucede, onde a mesma quantidade de nitrogénio excretada é igual as ingeridas, estamos no mesmo ponto quedamos. Não existem ganhos de músculo.
Como conseguir um Balanço de Nitrogénio Positivo
O principio fundamental será consumir uma adequada quantidade de proteínas. De facto, um continuo consumo durante o dia deste macronutriente é suficiente para cumprir esta permisa.
Se a ideia é a de manter este balanço, sendo o nosso objetivo obter o máximo desenvolvimento, podemos contemplar o seguinte esquema:
- Para minimizar a deterioração muscular durante o treino, criamos uma subida da insulina (hormona anabólica, a qual incrementa a captação de aminoácidos e glicose até as células musculares) mediante a ingesta de uma bebida composta de hidratos de carbono de fácil assimilação e aminoácidos ou whey, uns 30-60 minutos prévios ao treino
- Consumir a mesma mistura quando tenha acabado o treino, com o que favoreceremos a síntese de proteínas
- Antes de dormir, cumprindo com a quantidade diária, tomar una bebida composta de proteínas de libertação sustentada
- Descansar o suficiente. Durante este período é quando tem lugar a criação do tecido muscular, uma vez concluído o estímulo (treino)
Treinar de modo “anabólico”
O mesmo treino de por si é anabólico, já que cria o estímulo necessário para que depois seja processado e focalizar a síntese de proteínas, mas o sentido desde ponto é de organizar o treino para maximizar certo estímulo.
A ideia, de quando treinamos para maximizar o balance positivo de nitrogénio, é estimular a maior quantidade de fibras musculares com a menor deterioração muscular possível
Una vez concluída a sessão de treino, os músculos devem estar em estado anabólico, com o fim de acelerar o balanço positivo. Mas sessões demasiado longas deixam muito exausto o músculo, obtendo como resultado um estado catabólico.
Para treinar de modo anabólico:
- Treinar quando o corpo esteja totalmente descansado, desde o último treino, quando esteja em um estado de balanço positivo de nitrogénio
- Treinos (workouts) curtos e intensos, sendo a duração do treino em torno a 45-60 minutos
- Priorizar exercícios básicos: squat, deadlift, push press, row, bench press, pull ups, …
- Voltar a treinar, só quando estejam completamente recuperados
Fontes Bibliográficas
- Boirie, Y., Dangin, M., Gachon, P., Vasson, M. P., Maubois, J. L., & Beaufrère, B. (1997). Slow and fast dietary proteins differently modulate postprandial protein accretion. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, 94(26), 14930–14935.
- Halliday, D., & Rennie, M. J. (1982). The use of stable isotopes for diagnosis and clinical research. Clinical Science (London, England : 1979), 63(6), 485–496.
- Hoffman, J. R., & Falvo, M. J. (2004). Protein – Which is Best? Journal of Sports Science & Medicine, 3(3), 118–130.
- Poortmans, J. R., Carpentier, A., Pereira-Lancha, L. O., & Lancha, A. J. (2012). Protein turnover, amino acid requirements and recommendations for athletes and active populations. Brazilian Journal of Medical and Biological Research = Revista Brasileira de Pesquisas Medicas e Biologicas, 45(10), 875–890. https://doi.org/10.1590/S0100-879X2012007500096
- Schoenfeld, B. J., & Aragon, A. A. (2018). How much protein can the body use in a single meal for muscle-building? Implications for daily protein distribution. Journal of the International Society of Sports Nutrition, 15(1), 10. https://doi.org/10.1186/s12970-018-0215-1
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