Hoje vamos falar sobre os alimentos potenciadores do paladar e sobre os seus «perigos».
Índice
- 1 O que é que significa o facto de um Alimento possuir uma Elevada Palatabilidade?
- 2 Identificar os hiper-palatáveis
- 3 Quais são os alimentos com Elevada Palatabilidade?
- 4 Perigos associados ao Consumo de Alimentos Hiper-palatáveis
- 5 Medidas a tomar
- 6 Que ingredientes é que devemos evitar?
- 7 Fontes Bibliográficas
- 8 Entradas Relacionadas
O que é que significa o facto de um Alimento possuir uma Elevada Palatabilidade?
A palavra palatabilidade é utilizada para referir a qualidade de um alimento que tem um paladar agradável.
Os alimentos com elevada palatabilidade, em geral, apresentam na sua composição elevadas percentagens de açúcar, gordura, sal e farinha. Têm a particularidade de viciar as pessoas uma vez que sentem prazer ao provar.
Tal como as drogas, os alimentos altamente palatáveis libertam químicos no nosso cérebro que causam uma sensação de prazer e satisfação, que pode trazer como consequência a compulsividade para o consumo dos mesmos.
Isto deve-se ao facto de causarem uma sensação de necessidade reiterada do seu consumo sem nunca se chegar ao ponto de sensação de saciedade.
A palatabilidade está relacionada com o funcionamento das vias de gratificação e recompensa no cérebro.
Identificar os hiper-palatáveis
O consumo descontrolado dos alimentos com elevada palatabilidade por parte de uma percentagem significativa da população que sofre problemas de obesidade, excesso de peso, entre outros, despertou a atenção de autores de pesquisas na área da Nutrição e Saúde.
Partimos do princípio de que sem uma definição concreta, será impossível controlar os problemas de adição em relação ao consumo de alimentos de elevada palatabilidade por parte das pessoas, desde um ponto de vista clínico.
Alimentos Hiper-palatáveis
Por esta ordem de ideias, um estudo recente publicado pela revista “Obesity” (Obesidade), desenvolvido pela professora Tebra Fazzino e outros colaboradores do Centro Cofrin Logan para a Pesquisa e Tratamento da Adição, adstrito à universidade do Kansas, reflete descobertas importantes relativas à composição dos alimentos para serem caraterizados como de elevada palatabilidade ou hiper-palatáveis.
Descobriram especificamente que o determinante é a sinergia entre os ingredientes do alimento que o torna mais apetecível.
Quais são os alimentos com Elevada Palatabilidade?
Esta sinergia foi agrupada em três combinações:
- Gordura e sódio, presentes nos cachorros quentes, piza e bacon;
- Gordura e açúcares simples, frequente nos bolos, na pastelaria e nos gelados;
- Hidratos de carbono e sódio, das bolachas salgadas, das batatas fritas e das pipocas de milho.
Além disso, a relação de cada componente nas categorias é a seguinte.
- Gordura e sódio (> 25% kcal de gordura, ≥ 0,30% de sódio em peso);
- Gordura e açúcares simples (> 20% kcal de gordura, > 20% kcal de açúcar);
- Hidratos de carbono e sódio (> 40% kcal de hidratos de carbono, ≥ 0,20% de sódio em peso);
Também ficou determinado que 5 % dos alimentos com elevada palatabilidade eram produtos comercializados como baixos em quantidade de gordura, açúcar, sal ou calorias.
Outro dado revelado neste estudo foi que 62 % dos alimentos que são consumidos nos Estados Unidos entram em alguma das categorias aplicadas para ser considerados hiper-palatáveis.
Perigos associados ao Consumo de Alimentos Hiper-palatáveis
O sabor dos alimentos é um dos principais atributos que determinam a nossa decisão de compra.
Menos nutritivos
Geralmente, optamos por deixar de consumir produtos nutritivos por não possuírem esta caraterística sensorial que nos desperta o apetite.
Menos saciantes
A mistura de componentes presente nos alimentos de elevada palatabilidade ativa a resposta do mecanismo de recompensa do nosso cérebro e leva-nos a comer de forma descontrolada, ignorando os sinais de saciedade.
Provocam adição
O consumo deste tipo de alimentos provoca adição que geralmente desempenha um papel importante no desenvolvimento da obesidade e do excesso de peso.
Muitas vezes, consumimos estes alimentos em eventos sociais.
Danos psicológicos
O pior nestes casos é que a pessoa viciada em comida, apresenta geralmente problemas para parar com este comportamento e isto transforma-se numa espiral que conduz à depressão e rutura de relações, tanto familiares como sociais.
Desta forma, o dano que ocorre é tanto físico como psicológico.
Medidas a tomar
Na maioria dos casos, os efeitos negativos de consumir alimentos hiper-palatáveis manifestam-se a longo prazo.
É por isso que muitas pessoas tardam em perceber o dano que estes provocam e depois é difícil libertar-se dos maus hábitos alimentares.
Para o evitar, um dos aspetos mais importantes é educar a população no sentido de se obter a maior informação possível sobre os riscos implícitos ao consumo deste tipo de alimentos em detrimento da saúde.
Tanto os profissionais da medicina como o público em geral devem estar a par de determinadas combinações que fazem com que a comida seja mais agradável ao paladar, mas que, não obstante, nos possa condenar a comer em excesso.
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Que ingredientes é que devemos evitar?
Glutamato monosódico
É um intensificador do sabor que inibe a sensação de saciedade e convida a comer compulsivamente, excedendo as próprias necessidades e inclusive as nossas capacidades.
Açúcar
Os açúcares adicionados aos alimentos são prejudiciais porque não são metabolizados da mesma forma que os integrados naturalmente dentro da composição dos alimentos.
São estimulantes, e causam adição.
Gorduras animais e óleos de sementes
Recomenda-se o consumo de alimentos que tenham azeite virgem e gorduras vegetais no seu estado natural, sem serem submetidas a altas temperaturas.
Conhecias este aspeto dos alimentos?
Fontes Bibliográficas
- “Tratado de Nutrição” Volume III. Nutrição Humana no Estado de Saúde. Ángel Gil.
- “Fatores associados ao excesso de peso e obesidade em ambiente escolar” Guillermo Meléndez
- “Bases da alimentação humana” Víctor Manuel Rodriguez Rivera e Edurne Simón Magro
- “Química e bioquímica dos alimentos II” Josep Boatella Riera, Rafael Codony Salcedo e Pedro López Alegret.
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