Luteína – O que é, Para que Serve e como Previne a sua Saúde Ocular?

Luteína – O que é, Para que Serve e como Previne a sua Saúde Ocular?

A luteína é uma substância básica para manter a visão em bom estado. Diminui o risco de desenvolver a degeneração macular relacionada com a idade (AMD) ou a opacidade do cristalino (catarata) e favorece o estado da derme desde o interior, aumentando a sua hidratação e elasticidade.

O que é a luteína?

É um antioxidante natural que favorece o estado da vista e da derme, atrasando o seu envelhecimento.

É um pigmento amarelo pertencente à família dos carotenoides. Os carotenoides são substâncias que dão a cor às plantas e atuam como antioxidantes. Entre os alimentos que a contêm podemos destacar a gema do ovo, as frutas e as plantas ou legumes com folhas de pigmento verde escuro (espinafres e a couve).

Benefícios da luteína

A luteína favorece o estado dos olhos e da pele, os únicos órgãos do corpo que estão diretamente em contacto com o mundo exterior.

É um antioxidante que reduz e elimina os efeitos nocivos dos radicais livres. Os radicais livres produzem danos no organismo e são a causa de várias doenças crónicas.

Importância da luteina na visão

Esta substância filtra as longitudes de onda ultravioletas da luz solar. Estas longitudes de onda são perigosas, já que causam danos sobre os órgãos, devido ao stress oxidativo. As investigações clínicas demonstraram que, junto com a zeaxantina, reduz a intensidade das longitudes de onda do espectro de luz, responsáveis do dano na retina, até num 90%

 Portanto, ajuda a prevenir o dano oxidativo da retina e favorece o bom estado da vista.

Fontes de luteína, o organismo consgeue produzir?

Não. Embora seja uma substância essencial para o corpo humano, este não pode produzir esta substância por si mesmo.

O único modo de proporcionar ao organismo este nutriente, consiste em consumir os alimentos ou suplementos dietéticos específicos que o contenham.

Esta substância concentra-se nos olhos, no sangue, na derme, no colo uterino, no cérebro e nas mamas. Dentro do olho situa-se, sobretudo, na região macular da retina e, em quantidades mais pequenas, no resto da retina, a íris e a lente.

Fontes naturais de luteína

Alimentos com luteína

  • Couve ou kale
  • Pimentos
  • Espinafre
  • Couve verde
  • Brócolos
  • Ervilhas
  • Milho
  • Frutas (laranja, melão, manga e pêra)
  • Papaia
  • Ovos

Milho, fonte de luteina

Dose de luteína necessária para o organismo

Cada dia devemos tomar entre 6-10 mg. As investigações clínicas demonstraram que para a saúde ocular e da derme, é necessário tomar esta dose diária

Por isso, recomenda-se comer legumes, cujas plantas apresentam um pigmento verde escuro, ou tomar suplementos dietéticos desta substância. Ainda no caso das pessoas que seguem uma dieta equilibrada, resulta praticamente impossível ingerir diariamente um grande prato de espinafres que contenha os 6 a 10 mg recomendados.

A esta dificuldade temos de acrescentar que são muitas as pessoas que não tomam a quantidade diária necessária de frutas e verduras, pelo que resulta muito difícil realizar o aporte necessário através da alimentação

Por esse motivo, para evitar a sua deficiência no organismo, o mais recomendado é tomar um suplemento dietético que nos garanta o bom estado da vista e da derme.

Luteína livre e em ésteres

  • A luteína livre é a que se encontra, de forma natural, nos legumes e plantas de folha verde e fornece-se ao organismo através dos alimentos que consumimos.
  • Em ésteres, é um extrato natural que se incorpora a certos alimentos.

Efeitos da luteina na visão

Luteína para a vista

Os estudos demonstraram que esta substância reduz o risco de sofrer a degeneração macular relacionada com a idade (AMD).

Um estudo realizado em 2016 em pacientes mais velhos que apresentavam degeneração macular AMD, demonstrou que tomar 10 mg por dia, melhorava a vista destas pessoas.

Além disso, realizaram em 2016 novas investigações clínicas que apontam a que esta substância reduz o risco de sofrer cataratas.

O que é a degradação macular AMD

A degeneração macular é uma doença degenerativa e a principal causa da perda de visão nas pessoas com mais de 65 anos. Esta doença produz uma mácula lútea, também chamada mancha amarela, o ponto de visão mais agudo da retina.

Produzem-se quando as células da retina degeneram a mácula, o que leva à perda da visão no campo central da retina. A visão periférica não é afetada.

Luteina e a visão

Degeneração macular seca ou atrófica

A degeneração macular seca produz-se em 90% dos casos devido a pequenos pontos amarelos, chamados drusas, que aparecem atrás da mácula.

Estes pontos amarelos são causados por depósitos de produtos metabólico residuais e a alteração da circulação da coroides. Num 5-10% pode derivar em cegueira. Nos restantes casos, produz a morte celular do epitélio pigmentário da retina e deriva numa grave perda da agudeza visual.

Se não se trata, pode derivar, num 15% dos casos, em degeneração macular “húmida”. Um estudo realizado em 2016 demonstrou que os suplementos dietéticos de luteína tinham um efeito positivo sobre a vista das pessoas que sofriam degeneração macular seca.

Degeneração macular húmida

A degeneração macular “húmida” é o resultado de um mau estado metabólico dos vasos sanguíneos da retina, devido aos coroides subjacentes pode ocasionar um desprendimento da retina.

Esta patologia é mais rápida que a degeneração macular seca. Os sintomas típicos da degeneração macular “húmida” são a perceção distorcida das coisas, por exemplo, se os contornos de um objeto são retos, podem ver-se inclinados.

Degeneración macular

Propriedades da luteína para evitar a degeneração macular

Esta substância ingere-se através da alimentação e absorve-se pela mácula do olho. Devido às suas propriedades, filtra as ondas nocivas de luz ultravioleta do sol e protege a mácula do dano dos radicais livres.

Uma mácula saudável proporciona uma boa visão central. Quando se está exposto durante anos aos fatores agressivos da luz, a mácula acaba por deteriorar-se e produz-se a degeneração macular relacionada com a idade (AMD).

Além de consumir uma boa quantidade de frutas e legumes, recomenda-se, tomar um suplemento dietético desta substância para prevenir e reduzir o risco de sofrer degeneração macular AMD. São muitas as pessoas que não tomam a quantidade diária suficiente de frutas e legumes, pelo que os suplementos dietéticos são a forma mais segura de ingerir diariamente a quantidade necessária que o organismo necessita.

Pessoas que sofrem um risco maior

Existem vários fatores que aumentam o risco de desenvolver degeneração macular:

  • Idade
  • Má alimentação
  • Excessiva exposição dos olhos à luz solar
  • Tabagismo
  • Genes
  • Género, raça e cor dos olhos
  • Consumo de álcool
  • Doenças do coração

Por exemplo, as pessoas de pele branca e as pessoas com os olhos azuis ou verdes têm um risco mais alto de padecer degeneração macular. Outros coletivos com risco de padecer a doença são os idosos, as mulheres e os fumadores.

Conselhos para evitar a degeneração macular:

  • Deixar de fumar.
  • Usar óculos de sol e chapéus com aba grande, para proteger a vista da luz solar direta e dos reflexos.
  • Consumir habitualmente uma grande quantidade de frutas e legumes cujas plantas tenham folha verde escura, já que contêm luteína.
  • Agregar à nossa dieta diária um suplemento de luteína.
  • Limitar o consumo de álcool e de gorduras saturadas e baixar o nível de colesterol.

Estudo luteina e zeaxantina

Luteína e zeaxantina

Em um estudo clínico realizado em 2016, no qual participaram adultos de entre 43 e 84 anos, constatou-se que a ingestão de luteína e zeaxantina pode reduzir o aparecimento de cataratas.

As cataratas caracterizam-se pela opacidade do cristalino e com frequência estão associadas com o processo de envelhecimento. A luteína e a zeaxantina são os únicos carotenoides presentes na lente do olho.

Estudos:

  • Num estudo clínico realizado sobre 77 doenças, a pessoas de entre 45 e 71 anos, verificou-se que as que tomavam uma maior quantidade de luteína e zeaxantina tinham um risco 22 porcento menor de sofrer cataratas que aquelas que não tomavam estes nutrientes.
  • O estudo também demonstrou que um alto consumo de espinafres e couve (que contêm grande quantidade de luteína) pode reduzir o risco de sofrer cataratas.

Num estudo similar, realizado a 36 homens, com idades compreendidas entre 45 e 75 anos de idade, demonstrou-se que aqueles que tinham um maior consumo de carotenoides (alfa-caroteno, betacaroteno, luteína, betacriptoxantina, licopeno) e vitamina A, papresentavam um risco de 19 porcento menor de sofrer cataratas, com respeito aos que consumiam quantidades mais baixas.

A luteína e a pele

Os fatores ambientais produzem danos em todas as camadas da derme.

As longitudes de onda de luz ultravioleta (UVB) somente penetram nas camadas externas. No entanto, as longitudes de onda mais longas (UVA), penetram tanto nas camadas externas como nas camadas internas.

A luz visível pode penetrar em todas as camadas da derme e causar-lhes danos, fazendo-lhes perder a sua capacidade antioxidante natural para travar os efeitos nocivos dos radicais livres.

A derme, tal como sucede nos olhos, também contém luteína de forma natural.

Estudos:

  • Um estudo clínico realizado em 2016 demonstrou que tomar 10 mg de luteína por dia aumenta a hidratação e a elasticidade da derme e reduz a peroxidação de lípidos.
  • Os lípidos são elementos básicos para manter uma pele saudável. Os lípidos também atuam como uma barreira que atrasa a perda de humidade da derme.
  • No estudo clínico, realizado em 2016, demonstrou-se o benefício que tem sobre a derme a aplicação de luteína por via tópica.
  • Este beneficio se incrementa quando se combina com a ingestão oral de suplementos dietéticos desta substância.

Saúde Cardiovascular

A luteína e a saúde sistema cardiovascular

Os carotenoides protegem o coração. Os estudos epidemiológicos revelam que as pessoas que consomem frutas e legmes, cujas plantas têm folhas verdes, têm menos risco de sofrer doenças cardíacas ou acidentes vasculares verebrais.

As pessoas que seguem uma dieta mediterrânea apresentam uma taxa menor de mortes por doenças coronárias. Ao analisar os ingredientes desta dieta, descobriu-se que os carotenóides que a integram contêm grandes quantidades de luteína.

Estudos:

Os autores deste estudo sugeriram que a ingestão de luteína pode baixar a mortalidade derivada de doentes do coração. Ainda que, ainda não se conhecem os mecanismos exatos sobre a sua relação com a saúde cardiovascular, os investigadores opinam que este efeito protetor se baseia nas suas propriedades antioxidantes.

  • Em primeiro lugar, demonstrou-se que tem benefícios sobre a espessura da artéria carótida que está associada ao risco de sofrer uma doença cardíaca ou um AVC.
  • Em segundo lugar, realizou-se um experimento clínico no que se incubaram as células endoteliais do músculo e das aortas com luteína e descobriu-se que, com isto, se reduzia a inflamação das artérias.
  • E, por último, os estudos clínicos realizados em ratos com lesões de aterosclerose, demonstraram que tomar suplementos de luteína reduz, de forma significativa, o tamanho das lesões no arco aórtico.

Além disso, também reduz o stress oxidativo e os níveis de VLDL + IDL (lipoproteína de muito baixa densidade de lipoproteínas de densidade intermédia +) no plasma sanguíneo, reduzindo o aparecimento e o progresso da aterosclerose.

Luteína e bebés

Propriedades da luteína sobre a saúde das mulheres e dos bebés

Esta substância tem benefícios sobre o tecido mamário, o tecido uterino e os ovários. Atualmente estão-se a investigar outras propriedades sobre o corpo, entre as que se incluem os benefícios desta substância durante a gravidez e a amamentação.

Os estudos clínicos demonstraram que eleva os níveis do plasma sanguíneo durante a gravidez, ainda que não se conhecem as razões exatas disso.

Detetou-se, igualmente, que esta substância está contida no sangue do cordão umbilical posterior ao nascimento e nocolostro. Em base a isso, pensou-se que poderia ser um componente do leite materno.

Efeitos secundários da luteína

Os únicos possíveis efeitos secundários descritos sobre a luteína se produzem por um excesso na dose, que se soluciona com uma descida na dose ingerida:

  • Hipercarotenose ou pele amarela
  • Alergias aos carotenos

Fontes Bibliográficas

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Sobre Carlos Sánchez
Carlos Sánchez
Carlos Sánchez é licenciado em Nutrição Humana e Dietética, e por isso todas as suas ações são rigorosamente apoiadas pela ciência.
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