O ómega-3 é um destes suplementos que estão sempre envolvidos em polémica.
O seu uso está espalhado por toda a população ocidental, desde jovens desportistas até idosos inativos, pela sua versatilidade funcional, que faz com que sirva para muitos fins e, por isso, tem destinado um grande investimento de recursos para a investigação relativamente à qualidade e no desenvolvimento destes produtos.
Desde a HSN realizamos investigações próprias dos produtos que comercializamos para te oferecer a maior qualidade do mercado, e temos a certeza de que hoje vamos a desvendar um segredo que a indústria não quer que saibas:
Índice
O que é o Ómega-3
Dispomos de um artigo completo onde abordamos este apartado, pelo que para não nos esticarmos demasiado:
O ómega-3 é um grupo de ácidos gordos poliinsaturados e nutricionalmente essenciais, entre os quais se encontram o ALA, o EPA e o DHA, sendo estes dois últimos os ómega-3 funcionalmente úteis, os produtos de conversão do ALA como precursor destes ácidos gordos.
Os ómega-3 estão associados a:
- Normal desenvolvimento neurológico e da visão em crianças,
- Manutenção do normal funcionamento do coração,
- Manutenção de umas concentrações de triglicéridos normais no sangue,
- Manutenção da tensão arterial normal,
- E inclusivamente para a redução do cansaço muscular depois do treino.
Isto faz com que seja um suplemento alimentar que pode estar tanto na dieta de um desportista de alto rendimento de 25 anos, como na dieta de um idoso de 85 anos com seguimento cardiovascular por parte de um médico.
O ómega-3 está envolvido em variadíssimas polémicas:
Desde o ranso dos ácidos gordos em apresentações farmacêuticas deste produto, até à dissolução de poliestireno espalhado pela suposta presença de acetona nas pérolas destes produtos.
Valor percentual TotOX (Oxidação Total) de 36 produtos à base de óleo de peixe do mercado. A linha descontínua assinala o limite tolerável de TotOX.
Na HSN sempre fomos e seremos transparentes, e toda a informação que dispomos e vamos aprendendo com a experiência e com a investigação, e esta é partilhada com os nossos clientes.
Conheces a pureza real do teu suplemento de Ómega-3?
Os números que verás no teu ómega-3…
Começamos por dizer que Ómega-3 não é o nome mais correto para os produtos que falamos, já que estes são óleos animais ou vegetais, com conteúdo normalizado nestes ácidos gordos.
Um suplemento à base de Ómega-3 é, normalmente, um produto em pérolas à base de óleo de peixe, com um conteúdo determinado de:
- Ácido Eicossapentaenoico (EPA).
- Ácido Docossahexaenoico (DHA).
De todos os modos, isto não supãe um problema sempre que a sua etiquetagem seja correta.
Segmento de informação complemento do produto Ómega-3 Óleo de Peixe 1000mg da EssentialSeries.
Percentagens de Ómega-3
Normalmente a percentagem de normalização de um produto, por exemplo, um extrato de plantas, determina a quantidade em massa de um composto concreto que está presente num extrato.
Segmento de informação complemento do produto Extrato de Ashwagandha (10:1) 400mg da EssentialSeries.
Existem 2 tipos de percentagens fundamentais de normalização de ómega-3 para os óleos de peixe, a fonte mais habitual destes ácidos gordos:
- 18/12
- 35/25
Atualmente, algumas empresas, entre as quais nos encontramos, apostaram pela inovação em suplementos alimentares à base de óleo de peixe com alta percentagem de ómega-3 que alcançam até 50/35%.
Nestes casos, quando adquirimos um produto de Ómega-3 1000mg 18/12 (por exemplo), o que esperamos encontrar?
A resposta mais habitual será:
1000mg de Óleo de peixe, dos quais:
- 180mg são EPA.
- 120mg são DHA.
No entanto, o que se encontra nestes produtos, e que inclusivamente muitos distribuidores conhecidos em Espanha e noutros países da Europa não sabem (chegando a etiquetar mal os seus produtos), é:
1000mg de Óleo de peixe, dos quais:
- 160mg são EPA.
- 110mg são DHA.
Por que razão não comprar um Ómega-3 sem as mg indicadas?
A medição dos ácidos gordos Ómega-3, na Europa, América, e outros continentes é levada a cabo seguindo um método autorizado baseado nas tabelas da Sociedade Americana de Químicos do Óleo (AOCS), com um processo detalhado plasmado no seu método oficial Ce 1i-07.
Vamos encontrar estas bases da determinação dos ácidos gordos Ómega-3 nos óleos marinhos nas farmacopeias mais importantes, como a Europeia ou na USP americana, pelo que todos os fabricantes do mundo tendem a usar este método de medição por ser válido e fiável.
Explicamos o que quer dizer isto…
Esta medição utiliza um HPLC (instrumento conhecido por ter uma alta sensibilidade e medir muito bem os compostos que desejam conhecer de uma mistura como é o caso do óleo de peixe). HPLC gera um cromatograma, baseado nas medições da presença de ácidos gordos na solução testada de óleo de peixe:
Cromatograma de um produto à base de óleo de peixe. 11: ALA / 16: EPA / 18:DHA (Sigma Aldrich, s.f.).
Com estes picos, podem ser utilizados fundamentalmente 2 tipos de medição:
- Em área.
- Em massa.
Todos os fabricantes, de base, refletem os seus valores em área. Porquê? Porque o número sai mais alto e a medição é mais simples.
A medição em área é baseada na determinação da percentagem dos ácidos gordos baseados na área do pico de resposta obtido no cromatograma.
Fórmula da medição da percentagem de ácidos gordos em área (USP, 2016).
Mas isto não é a percentagem real de ácidos gordos que se encontram no óleo que os contém, já que para determinar a quantidade real de ácidos gordos é necessário preparar uma solução de referência previamente medida e validada como comparação, realizar cálculos mais complexos e aplicar métodos de correção de resposta.
Fórmula da medição da percentagem de ácidos gordos em massa (USP, 2016).
Para por a coisa mais fácil e visual:
Já que 18% da determinação da área do EPA uma vez que se aplicam os cálculos utilizando a solução de referência, e aplicando o fator de conversão para ácidos gordos livres, diminui em redor de 11% da sua quantidade relativa.
Desta forma, os produtos que comercializam ómega-3 baseado em percentagens, contêm em equivalência teórica:
ÁCIDO GORDO | PERCENTAGEM | MASSA RECEBIDA | MASSA REAL | |
PRODUTO 1 | EPA | 18 | 180mg | 160mg |
DHA | 12 | 120mg | 110mg | |
PRODUTO 2 | EPA | 35 | 350mg | 311mg |
DHA | 25 | 250mg | 229mg |
Refletir o conteúdo em percentagem da área, é, na nossa opinião, uma forma de etiquetagem não transparente, já que leva a equívoco ao consumidor, que acredita que está a utilizar maior quantidade de produto do que contém realmente.
Por isso, os nossos produtos são:
- Ómega-3 Óleo de Peixe 1000mg 180mg EPA / 120mg DHA
- Ultra Ómega-3 TG (IFOS) 1000mg 350mg EPA / 250mg DHA
Com a transparência como estandarte de todas as ações da empresa que levamos a cabo.
Ácido eicossapentaenoico (EPA) etil-ester. Em vermelho assinalado o etanol que esterifica o ácido gordo.
Esta é a mesma lógica que rege a quantidade elementar de um sal mineral, pelo qual, mesmo que, por exemplo, o bisglicinato de magnésio seja muito apreciado pela sua biodisponibilidade, continuamos a necessitar conhecer a quantidade de magnésio elementar, porque a glicina pesa e não é ião de magnésio que nos interessa nutricionalmente:
Bisglicinato de magnésio. Em vermelho assinalada a glicina que faz parte do sal mineral.
Nos ácidos gordos acontece a mesma coisa, o grupo vermelho anteriormente referido, não faz parte do ácido eicossapentaenoico (EPA), mas pesa dentro da molécula, pelo que se deve eliminar para que o resultado da quantidade de ácidos gordos não fique por cima do real.
Referências Bibliográficas
- Albert, B. B., Derraik, J. G., Cameron-Smith, D., Hofman, P. L., Tumanov, S., Villas-Boas, S. G., Garg, M. L., & Cutfield, W. S. (2015). Fish oil supplements in New Zealand are highly oxidised and do not meet label content of n-3 PUFA. Scientific reports, 5, 7928.
- American Oil Chemists’ Society & American Oil Chemists’ Society. (2017). AOCS Official Method Ce 1i-07. s.d., s.d.: AOCS.
- Council of Europe, European Pharmacopoeia Commission, & European Directorate for the Quality of Medicines & Healthcare. (2016). European Pharmacopoeia. s.d., s.d.: Council Of Europe.
- Stenerson, K. K., Halpenny, M. R., Sidisky, L. M., & Buchanan, M. D. (s.f.). GC Analysis of Omega 3 Fatty Acids in Fish Oil Capsules and Farm Raised Salmon.
- United States Pharmacopeial Convention. (2016). The United States Pharmacopeia. s.d., s.d.: United States Pharmacopeial Convention.
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