30Os Sais de Cálcio, qual deles é mais biodisponível?
Índice
Por que o cálcio tem que ser tomado em forma de sal?
Por que não o cálcio só?
As formas de cálcio que se comercializam no mercado nunca são cálcio puro em forma iónica (Ca2+), sempre se comercializam em forma de sais, como o citrato de cálcio [(C6H6O7)2Ca3·4H2O].
Isto se deve a que o cálcio é um mineral com uma carga eléctrica positiva, que deve ser corregida para manter a electroneutralidade do nutriente.
Como o sódio possui uma carga positiva se estabiliza com o cloruro que possui uma carga eléctrica negativa. Isto ocorre igual no corpo, devido ao fenómeno que se denomina “hiato aniónico” e mantém a neutralidade eléctrica dos elementos com valência despareada.
Figura VI. Fórmula de cálculo do hiato aniónico para manter a electroneutralidade.
Os sais que formam as uniões de cálcio e complexos se desenvolvem para melhorar factores como a solubilidade e estabilidade no meio, a osmolalidade, a absorção…
Há algum sal melhor que outro?
Um grande erro por parte dos consumidores é pensar que o sal possui diferentes efeitos que outro:
“…o carbonato de cálcio é melhor para os osso e o citrato de cálcio para o funcionamento celular…”
Não! O sal, o complexo, unicamente determina a cinética do mineral no organismo e certas propriedades organolépticas.
Más quando chega ao sangue o faz de depois de ter sido divido e os efeitos no organismo os produz sempre o mesmo composto, o cálcio, independentemente da forma que venha.
Devemos atender aos dois critérios na hora de seleccionar o sal de qualquer mineral ou outro:
Conteúdo elemental
Me explico:
O sal quando se forma não se cria em uma proporção 1:1, em ocasiões as proporções são diferentes para conseguir essas propriedades das que falamos, da forma que existem sais de cálcio como o citrato que contem um 21% do seu conteúdo em cálcio elemental, e outros como o gluconato que somente contém um 9%.
Biodisponibilidade
Quanto mais seja, melhor, pois em menos quantidade do mineral será excretado e um maior percentagem chegara no nosso sangue que é o que nos interessa.
Embora em ocasiões a biodisponibilidade se expressa com número exactos, certo é que depende de uma grande quantidade de factores intrínsecos e extrínsecos pelo que é muito mais correto denominar a biodisponibilidade como (alta/media/baixa).
Resultado
Ambos factores devem ser ponderados com dados em base do nosso cenário para determinar qual é mais adequado, porque:
E normalmente a pior biodisponibilidade tenha, mais desconfortos grastrointestinal com o seu consumo, pelo que a minha recomendação é buscar uma fonte de alta biodisponibilidade e depois fixaremos o conteúdo elemental.
Quais são os Sais de Cálcio?
Existem muitas apresentações de cálcio disponíveis; vamos analisar os mais comuns e expor de forma simples os seus prós e os seus contras:
Carbonato de Cálcio
Prós:
- Muito barato.
- Alto conteúdo elemental.
- Boa biodisponibilidade.
Contras:
- Requer um médio ácido para absorver.
- Má absorção em:
- Jejum
- Pessoas com doenças inflamatórias intestinais.
- Pessoas que utilizam inibidores da bomba de protões (como o omeprazol) ou sal de frutas de forma habitual (hipoclorhidria).
Citrato de Cálcio
Prós:
- Boa quantidade de conteúdo elemental.
- Máxima biodisponibilidade.
- Se absorve independentemente do meio do estômago (embora seja básico)
Contras:
- Ligeiramente mais caro que o carbonato.
- Em formatos de cápsulas, comprimidos, ou tablets, a quantidade consumida para conseguir uma dose efetiva pode ser muito alta.
Cálcio coral
Prós:
- Os mesmos que o carbonato
Contras:
- Os mesmos que o carbonato, além disso de:
- É muito mais caro.
- Os criadores dos “créditos” atribuídos a esta forma de cálcio foram processados legalmente por bulo.
Spoiler: O cálcio coral é carbonato de cálcio.
Lactato de Cálcio
Prós:
- Boa disponibilidade (comparável ao carbonato).
- Boa solubilidade.
Contras:
- Baixo conteúdo elemental que dificulta o seu uso pratico.
Gluconato de Cálcio
Prós:
- Boa disponibilidade (comparável com o carbonotado).
- Boa solubilidade.
Contras:
- Muito baixo conteúdo elemental que dificulta o seu práctico.
Acetato de Cálcio
Prós:
- Barato.
- Bom conteúdo elemental.
- Pode absorver independentemente do meio.
Contras:
- Pouca investigação em humanos.
Cloruro de Cálcio
Prós:
- Bom conteúdo de cálcio elemental.
Contras:
- Pensado para infussão intravenosa.
Fosfato Tricálcico
Prós:
- Alto conteúdo elemental.
Contras:
- Moderada biodisponibilidade.
- Grande eliminação no organismo por união dos fosfatos.
- Má solubilidade.
O Citrato de Cálcio e o Carbonato de Cálcio
A decisão de qual escolher dependera das condições do usuário e o formato do produto:
Citrato de Cálcio
O citrato de cálcio é, em geral, superior ao carbonato de cálcio, embora contenha aproximadamente a metade do seu conteúdo elemental,a sua biodisponibilidade é muito alta graças ao complexo que forma com o ácido cítrico que faz que não se requiera um meio ácido no estômago para a sua correcta absorção.
Carbonato de Cálcio
O carbonato de cálcio é preferível em casos de insuficiência renal crónica pela boa capacidade que tem de unir aos fosfatos e ser eliminado via renal, além disso pelo seu alto conteúdo elemental, embora requeremos o seu consumo com comida para poder aproveitar.
Tabela Resumem Sais de Cálcio
Sal | Conteúdo Elemental | Biodisponibilidade | Notas |
Carbonato de cálcio | 40% | Alta | – Útil em doentes renais crónicos. – Requer o seu consumo com refeções. |
Citrato de cálcio | 21% | Alta | – Útil em doentes intestinais . – Pode ser consumida em jejum e em pessoas com hipoclorhidria. – Não aumenta o risco de litiase cálcica renal em pessoas saudáveis. |
Lactato de cálcio | 13% | Alta | – Baixo conteúdo elemental. – Pouco uso pratico |
Gluconato de cálcio | 9% | Alta | – Baixo conteúdo elemental. – Pouco uso prático. |
Cloruro de cálcio | 27% | Alta (intravenoso) | – Uso em clínica. – Pouco conteúdo elemental para a sua via de administração. |
Acetato de cálcio | 25% | Alta (falta investigação) | – Potencial para converter em uma opção a considerar. – Faltam investigações em humanos. – Pouco uso prático agora mesmo. |
Tricalcio fosfato | 38% | Moderada | – Menor biodisponibilidade que outras opções. – Mais caro. |
Novo Citrato de Cálcio da RawSeries
O maior problema que demonstrou as investigações clínica sobre o citrato de cálcio foi que tem aproximadamente a metade do conteúdo elemental que o concorrente directo, o carbonato, é difícil implementar o seu uso já que os pacientes requerem utilizar uma grande quantidade de tablets para conseguir a dose estabelecida.
Formato em pó
Por isso, nós da HSN desenvolvemos um produto de citrato de cálcio RAW, para que possas consegui as quantidade de cálcio que necessitas a través do cómodo uso de pó, e assim não tens que tomar tablets grandes, pois sabemos que isso é um problema para muitas pessoas.
Figura VII. Citrato de Cálcio daRawSeries.
Mais biodisponibilidade
Aqui vais a encontrar todo o bom da fórmula com mais biodisponibilidade de cálcio do mercado, no formato mais adequado para o seu uso de forma que possamos salvar as distâncias da principal limitação que apresenta, que é a necessidade de utilizar uma grande qualidade de comprimidos para chegar na dose efectiva.
Figura VIII. Jaime Hidalgo utilizando um produto RawSeries.
Alta solubilidade
A solubilidade deste sal cálcica é boa, permite homogeneizar a mistura na água na temperatura ambiente sem necessidade de diluir excessivamente, é cómodo de tomar já que pode ser utilizado em jejum sem problemas de absorção e sem necessidade de utilizar sumos cítricos para dar potencia.
Apto Veganos
O produto, claramente, é apto para o seu consumo em dietas vegetarianas e veganas.
Isto é uma vantagem, já que é uma população que por não consumir lácteos costuma apresentar ingestas dietéticas de cálcio muito por debaixo das recomendações diárias.
Sem Alergénios
Também não contém alergénios como o glúten, ovo, soja, peixe ou frutos de casca rija, convertendo em uma opção excelente para pessoas alérgicas, intolerantes e/ou sensíveis a estes alimentos.
Fontes bibliográficas
- Balk, E. M., Adam, G. P., Langberg, V. N., Earley, A., Clark, P., Ebeling, P. R., … Dawson-Hughes, B. (2017). Global dietary calcium intake among adults: a systematic review. Osteoporosis International, 28(12), 3315–3324.
- Ross, A. C., Manson, J. A. E., Abrams, S. A., Aloia, J. F., Brannon, P. M., Clinton, S. K., … Shapses, S. A. (2011). The 2011 report on dietary reference intakes for calcium and vitamin D from the Institute of Medicine: What clinicians need to know. Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, 96(1), 53–58.
- Straub, D. A. (2007). Calcium supplementation in clinical practice: A review of forms, doses, and indications. Nutrition in Clinical Practice, 22(3), 286–296.
- Wasilewski, G. B., Vervloet, M. G., & Schurgers, L. J. (2019). The Bone—Vasculature Axis: Calcium Supplementation and the Role of Vitamin K. Frontiers in Cardiovascular Medicine, 6, 6.
Entradas Relacionadas
Conheçes a relação entre o Cálcio e a Vitamina D para a saúde? Descobre neste link.
Tipos - 99%
Benefícios - 100%
Contras - 100%
Biodisponibilidade - 100%
Conteúdo Elemental - 100%
Citrato de Cálcio - 100%
100%