A niacina é conhecida por ser uma das substancias que mais ajudam a combater as doenças cardiovasculares. Fomenta a saúde do sistema nervoso e ajuda a estabilizar os níveis de açúcar no sangue.
Índice
- 1. O que é a niacina?
- 2. Benefícios para a saúde da niacina
- 3. Propriedades da niacina
- 4. Niacina e alimentos
- 5. Dose diária recomendada de niacina
- 6. Deficit de niacina
- 7. Niacina e colesterol
- 8. Como ajuda o Ácido Nicotínico ou Vitamina B3 a reduzir o colesterol?
- 9. Estudo sobre Ácido Nicotínico e Colesterol
- 10. Contradições
- 11. Conclusões
- 12. Para quem esta recomendado os suplementos dietéticos de niacina?
- 13. Fontes Bibliográficas
- 14. Artigos Relacionadas
O que é a niacina?
A niacina ou vitamina B3, solúvel na água e que não pode ser armazenado pelo corpo; é um suplemento que pode ajudar a reduzir os níveis do colesterol.
“Trata-se de um álcool insaturado da família dos compostos esteroideos; é essencial para a normofuncionalidade das células de todos os animais e é um elemento fundamental das suas membranas.
É um antecessor de várias substancias críticas como as hormonas esteroideas adrenais e gonadais, e os ácidos biliares” Cox & García-Palmieri, 1990
Lendo isto, ninguém falaria que o conceito que faz referência o paragrafo anterior seja algo ruim,verdade?, e se te digo que falamos de colesterol?
Quando o corpo não usa de imediato a niacina a expulsa através da urina. Para ter os níveis saudáveis que o organismo necessita de niacina e obtém seus benefícios para a saúde, é necessário consumir alimentos ricos em niacina ou tomar diariamente suplementos de niacina. Se não o corpo pode experimentar uma deficiência desta vitamina.
Benefícios para a saúde da niacina
- Protege a saúde do coração
- Garante um nível óptimo do colesterol
- Ajuda a reduzir o risco de sofrer a doença de Alzheimer
- Estimula o rendimento intelectual, a motivação e a concentração
- Favorece a produção das hormonas sexuais
- Ajuda ao organismo a usar as gorduras e as proteínas
- Intervém na transformação da glicose dos alimentos para gerar mais energia no organismo
- Favorece a saúde e a beleza da pele e do cabelo
- Favorece a saúde dos olhos
- Melhora a circulação do sangue
- Reduz a inflamação (é muito beneficiosa para as pessoas com artrite)
- Se usa como tratamento para a doença da pelagra
- Se usa como tratamento na diabetes mellitus ou diabetes de tipo I
Propriedades da niacina
Reduz o colesterol e protege o coração
A niacina é conhecida pelas suas propriedades para prevenir as doenças cardiovasculares. Com o uso regular da dose recomendada consegue diminuir e acabar com o colesterol mau (LDL), aumentar o bom (HDL), reduzir o nível dos triglicéridos, prevenir a aterosclerose (endurecimento e estreitamento das artérias) e evitar aparição das doenças cardiovasculares.
A niacina recomenda-se na maioria das vezes combinando com estatinas (fármacos) para obter melhores resultados.
Previne contra o Alzheimer
A deficiência da niacina associa com aparição e desenvolvimento da demência. Existem numerosos estudos clínicos que apoia os benefícios dos suplementos dietéticos de niacina para prevenir o Alzheimer e outras doenças degenerativos, como a demência senil.
O estudo clínico mais recente realizou-se sobre 3.718 pessoas, e as conclusões do mesmo foram que ma dieta rica em niacina ou um consumo regular de suplementos dietéticos de niacina favorece o rendimento inteletual e previne aparição do Alzheimer.
Favorece a saúde e beleza da pele
A niacinamida utiliza habitualmente como ingrediente nos produtos de cuidado da pele, já que se usa como tratamento para diversos problemas e doenças da pele, como o acne e a rosácea, assim como outros sintomas associados com o envelhecimento, como as arrugas e as manchas cutáneas.
É eficaz para o tratamento da doença da pelagra
A pelagra é uma doença derivada da falta de niacina nos alimentos que consumem. Sucede habitualmente quando se consumem muitos produtos a base de milho, quando há uma alimentação deficiente ou existem outros problemas de saúde que impede absorção de niacina, como sucede no caso das doenças gastrointestinais, o alcoolismo, VIH / SIDA, ou outros transtornos, como a bulimia e a anorexia.
Estes casos, tomar suplemento dietético de niacina pode curar a pelagra.
Os sintomas mais frequentes da pelagra inclui:
- Confusão e delírio mental
- Diarreia
- Feridas e membranas mucosas inflamadas
Niacina e alimentos
Existem muitos alimentos, tanto animais como vegetais que consideram fontes de niacina.
A leite e os seus derivados (iogurte, queijo, etc), assim como os ovos, são também ricos de vitamina.
Entre as fontes vegetais, encontramos a beterraba, amendoim, aveia, trigo, arroz, ervilhas, feijão, espargos, espinafres, pimentos, gengibre e sementes de girassol.
Dose diária recomendada de niacina
A quantidade diária recomendada de vitamina B3 vária de acordo com a idade, o sexo e as circunstancias individuais de cada pessoa.
Os desportistas ou pessoas com certas patologias necessitam dose mais elevadas que a população geral.
A dose de niacina representa em microgramas (mcg):
- Menos de 6 meses: 5mcg
- Entre 6 meses e 1 ano: 6 mcg
- 1 ano e 3 anos: 9mcg
- 4 anos a 6 anos: 12mcg
- Entre 7 anos e 10 anos: 13mcg
- Homens de 11 anos a 14 anos: 17mcg
- De 15 anos a 18 anos: 20mcg
- 19 anos a 50 anos: 19mcg
- Homens de mais de 50 anos: 15mcg
- Mulheres de 11 anos a 50 anos: 15mcg
- De mais de 50 anos: 13mcg
- Durante a gravidez: 17mcg
- Mulheres durante a lactação: 20mcg
Deficit de niacina
Os sintomas mais frequentes da deficiência desta vitamina no organismo são os seguintes:
- Fatiga
- Indigestão
- Doenças
- Transtornos circulatórios
- Depressão
Niacina e colesterol
Fundamentos do colesterol
O colesterol foi denominado durante décadas por cardiólogos de todo o mundo por ser uma das principais causas de acidentes cardiovasculares.
Embora, o colesterol é necessário como explica o paragrafo anterior, para correta funcionalidade orgânica, integridade celular e correta função hormonal
O panorama muda quando falamos de hipercolesterolemia (excesso de colesterol no sangue)
O que não deixa de ser ser um tipo de dislipemia, uma alteração do painel lipídico
Para não entrar no mecanismo de ação do colesterol e aterogénese por causa do mesmo, simplesmente precisamos saber que, de forma reduzir:
- Colesterol HDL (lipoproteínas de alta densidade) = Bom, quanto mais alto num exame de sangue melhor
- Colesterol LDL (lipoproteínas de baixa densidade) = Mau, quanto mais baixo num exame de sangue melhor análisis sanguíneo melhor
A densidade das lipoproteínas depende da quantidade de lípidos em relação a proteína transportadora dos mesmos (apolipoproteína) que encontramos nelas. De este modo, o LDL tem uma concentração muito elevada de lípidos, enquanto que o HDL tem uma quantidade mais reduzida.
Niacina e sua ação sobre o colesterol plasmático
Com certeza conheces alguma pessoa que sofre dislipidemia, talvez até tu mesmo podes sofrer…
A dislipidema encontra fortemente ligada a fatores genéticos e epigenéticos (tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, mau-nutrição…).
No caso de sofrer uma dislipidemia muito marcada com risco importante sobre a saúde, existem certos recursos que podemos utilizar para melhorar estas concentrações.
Como ajuda o Ácido Nicotínico ou Vitamina B3 a reduzir o colesterol?
Esta vitamina actúa sobre o receptor GPR109A e GPR109B (HM74A y HM74, respectivamente, em humanos); que encontram-se nos adipocitos e células imunes.
Figura I. Farmacodinamia do ácido nicotínico
A expressão de GPR109A nos adipocitos gera uma redução na lipólisie de triacilglicéridos, induzida pela diminuição nos níveis da cAMP, que produz uma maior concentração de ácidos gordos livres no sangue e, por tanto, uma menor síntese hepática de TG.
A niacina atúa no fígado inibendo a DGAT2, acelerando a degradação de apoB e diminuindo seu descarte
Assim retardando o catabolismo de apoA-I, a principal APO del HDL, que sua maior presença faz que a oxidação de HDL seja menor, aumentando assim mesmo sua concentração hepática e favorecendo a redução do colesterol graças ao papel que joga no transporte reverso do colesterol para sua posterior eliminação via hepática.
Figura II. Expressão de DGAT2 no grupo controlo vs grupo experimental
Estudo sobre Ácido Nicotínico e Colesterol
Na seguinte gráfica podemos podemos observar as mudanças produzidas a 5 grupos de ratas dos quais só os grupos 4 (não diabéticos) e 5 (diabéticos) foram suplementados com ácido nicotínico (8.5mg/100g. de peso), durante 42 dias.
Figura III. Variações nos valores de Total-c, HDL-c, LDL-c, Triglicéridos e Lípidos totais em diferentes grupos
Resultados
Podemos observar fortes reduções nas concentrações de colesterol total, colesterol LDL, triglicéridos e lípidos totais; assim como um marcado aumento na concentração de HDL-c, que significaria uma melhora significativa das concentrações de lípidos no plasma.
Contradições
Embora, a toma desta vitamina não está exenta de problemas, o maior deles é o mesmo que melhora a lipidemia a nível hepático.
Resistência a insulina
A inibição de DGAT2 produz um aumento nas concentrações de diacilglicerol hepático que aumenta significativamente a resistência a insulina local causada pela acumulação de moléculas lipídicas em lugares ectópicos.
Como todos sabemos, a resistência a insulina é a principal causa/consequência do síndrome metabólico, o que a sua vez incrementa significativamente o risco de morte por qualquer causa.
Niacin Flush
Em segundo lugar, e embora mais impatante é menos relevante, é a resposta dos usuários que consomem esta vitamina de avermelhar e comichão tópico, conhecido como “Niacin Flush”.
Isto é devido a sobreactivação de GPR109A que é a encarregue mediar a produção de prostaglandinas D2 nos macrógagos e células de Langerhan que produz vasodilatação periférica dos capilares cutáneos e produz o “flushing”.
Este pode evitar mediante a toma de niacina “time release”, ou de liberação sustenida
Dentro das fórmulas disponíveis no mercado liberação sustenida, criadas para evitar o “flush”, presentam o risco de sofrer toxicidade hepática pelo stress que caracteriza as vias de metabolização farmacológica desta fórmula; daí que sempre seja preferível consumir fórmulas de liberação imediata de nicotinamida.
Recomendações e efeitos secundários:
Os efeitos más intensos da niacina apreciam quando se toma com o estômago vazio ou depois de consumir álcool ou uma bebida quente.
Quando se toma niacina em dose elevadas pode produzir efeitos secundários, tais como:
- Indigestão
- Tontura
- Dores de cabeça
- Visão embaçado
Interações da niacina:
A niacina pode interactuar quando toma com alguns medicamentos, tais como:
- Tetraciclina (antibiótico)
- Aspirina
- Os medicamentos receitados para a pressão arterial
- Anticoagulantes
- Medicamentos para reduzir o colesterol
Conclusões
De acordo com Kamal para Examine.com, a maior parte dos benefícios podem observar através de tomas maiores a 1g. Mi recomendação pessoal é não exceder dos 3g. baixo nenhum concepto.
Para quem esta recomendado os suplementos dietéticos de niacina?
Qalquer pessoa que queira obter os benefícios da niacina pode tomar os suplementos dietéticos desta vitamina.
Se recomenda especialmente tomar uma dose regular de niacina no caso das pessoas que não obtém através da sua dieta habitual, por exemplo, os idosos que não tomam normalmente a quantidade necessária desta vitamina.
As mulheres gravidas e mães lactantes também necessitam um suplemento de niacina. Também as pessoas sujeitas a um elevado desgaste físico ou mental (desportistas, estudantes, etc).
A niacina, a niacinamida e o hexanicotinato de inositol estão disponíveis como suplementos dietéticos, tanto de forma individual ou combinada como complexo de vitaminas B. Estes suplementos se presentam em formato de cápsulas ou comprimidos. Dado que a composição e a dose pode diferir materialmente, se aconselha seguir sempre as indicações de cada produto tomar sempre a dose recomendada.
Fontes Bibliográficas
- Vitamin B3 (Niacin). Examine.com, published on 28 January 2015, last updated on 14 June 2018.
- Ganji, S. H., Tavintharan, S., Zhu, D., Xing, Y., Kamanna, V. S., & Kashyap, M. L. (2004). Niacin noncompetitively inhibits DGAT2 but not DGAT1 activity in HepG2 cells. Journal of Lipid Research, 45(10), 1835–1845. https://doi.org/10.1194/jlr.M300403-JLR200
- Kamanna, V. S., & Kashyap, M. L. (2007). Nicotinic acid (niacin) receptor agonists: will they be useful therapeutic agents? The American Journal of Cardiology, 100(11 A), S53-61. https://doi.org/10.1016/j.amjcard.2007.09.080
- Pike, N. B. (2005, December). Flushing out the role of GPR109A (HM74A) in the clinical efficacy of nicotinic acid. Journal of Clinical Investigation. https://doi.org/10.1172/JCI27160
- Rader, J. I., Calvert, R. J., & Hathcock, J. N. (1992). Hepatic toxicity of unmodified and time-release preparations of niacin. The American Journal of Medicine, 92(1), 77–81.
- Zeb Shah, T., Ali, A. B., Ahmad Jafri, S., & Qazi, M. H. (2013). Effect of Nicotinic Acid (Vitamin B(3) or Niacin) on the lipid profile of diabetic and non – diabetic rats. Pakistan Journal of Medical Sciences. Karachi, Pakistan.
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