Continuamos a estabelecer os macronutrientes necessários da nossa dieta e agora é a vez de conhecer de perto um dos mais “castigados”, as gorduras.
Previamente comentou-se qual é o fator chave na dieta, e que papel joga a proteína na mesma.
Índice
- 1 Comer gordura vai fazer com que eu engorde?
- 2 É a gordura saudável?
- 3 Que quantidade de gordura necessitas?
- 4 Que intervalo de percentagem recomendado de gorduras utilizar?
- 5 Alimentos ricos em gorduras
- 6 Como afeta a gordura a necessidade calórica?
- 7 O que acontece se ingiro menos de 20% do total calórico a partir da gordura?
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Comer gordura vai fazer com que eu engorde?
É talvez o maior mito que existe sobre este tema.
E a resposta é, “talvez”… mas, estritamente falando, Não… Comer gordura não engorda, nem um pouquinho…
Neste caso, de certeza que a gordura faz com que engordes, mas da mesma maneira que os carbohidratos, e as proteínas. Não é a gordura a partir da dieta o que vai influir sobre os ganhos de tecido adiposo, mas sim é o excesso de calorias, e estas já podem ser calorias de alimentos “bons” como dos “proíbidos”…
Por norma, as pessoas que começam um superávit calórico, conhecem de antemão, ou “deveriam” saber ao que podem encontrar.
Esta afirmação na linguagem do setor quer dizer vais dizer adeus ao “6-pack”, ou melhor, até já 🙂
É a gordura saudável?
Outra pergunta mitificada até à saciedade, e o qual também não tem muita ciência.
A gordura é um macronutriente que possui uma série de elementos muito importantes: os Ácidos Gordos Essenciais. Portanto a pergunta está mais que respondida.
Também foi dividida a questão das gorduras, marcando dois tipos:
- Gorduras “boas”: Monoinsaturadas, e Polinsaturadas;
- Gorduras “más”: Trans, Saturadas.
Que quantidade de gordura necessitas?
Para a maioria da população, a recomendação sobre a quantidade de gordura diária que necessitam respondem praticamente a um mesmo intervalo:
Entre 20 a 30% do total das calorias ingeridas
O fornecimento calórico de uma grama de gordura são 9 calorias.
Em seguida, simplesmente deves ter uma calculadora, e ajustar a “conta” que levas com anterioridade sobre as caloras que necessitas por dia, onde agora, tendo o dado das calorias ideais que te correspondem, simplesmente ajustas para que dessas, entre o 20 a 30% sejam provenientes das gorduras.
Que intervalo de percentagem recomendado de gorduras utilizar?
Podes perguntar: que quantidade de gramas de gordura deves escolher, a partir da margem de 10% recomendada…
Isto diz respeito realmente aos ajustes que vás realizando à medida que confeciones a tua dieta, e continues com ela durante algum tempo.
Se fosse necessário, ias reduzir 20%, no caso de observar ganhos rápidos de peso, e também, aumentar 30% para compensar o défice.
Não obstante, como começo, um valor intermédio de 25% seria ideal.
Alimentos ricos em gorduras
- Peixe azul
- Nozes
- Creme de amendoim
- Sementes de linho
- Azeitonas
- Azeite virgem extra
- Cacau
- Amêndas
- Abacates
- Ovos
Como afeta a gordura a necessidade calórica?
Tal como se viu no caso da proteína, agora está praticamente resolvida, dado que a diferença com a proteína, onde primeiro devíamos associar um intervalo de ingestão, de acordo com a nossa condição, género e objetivo…
Já com a gordura fixamos um valor a manter, para qualquer pessoa, seguindo a condição de não baixar de dita percentagem.
Estabelece as calorias que necessitas para o teu objetivo, e aplica a regra de percentagem…
O que acontece se ingiro menos de 20% do total calórico a partir da gordura?
Se nos arriscamos seguir uma dieta muito baixa em gorduras (< 20%) podemos experimentar, a longo prazo, algum destes sintomas:
Pobre Assimilação de Vitaminas
As vitaminas lipossolúveis necessitam da gordura para que o organismo seja capaz de as absorver.
Nesta ordem, a vitamina A, D, E e K. O seu armazenamento realiza-se no fígado e tecido adiposo, e são essenciais para várias funções biológicas, tais como as que estão implicadas no crescimento, sistema imunitário, reparação celular, e coagulação do sangue, entre outras.
Se não comes gordura suficiente, o corpo tem tendência a excretar ditas vitaminas, com nefastas consequências para a saúde
Doença Mental
Uma dieta pobre em gorduras, sobretudo, carente de ácidos gordos essenciais, pode ocasionar certo tipo de prejuizos para a tua saúde mental.
Ómega 3 e 6 são os ácidos gordos essenciais que o corpo predispõe para funções, entre outras, de carácter cognitivas, implicados no estado anímico e comportamento (sobretudo o DHA). São substâncias precursoras de certa quantidade de hormonas produzidas no cérebro.
Aumentar o Risco de Cancro
Os tipo de cancro de cólon, mama e próstata guardam certa correlação com baixas ingestões de ácidos gordos essenciais.
Aumento do Colesterol e Risco de Enfarte
As gorduras têm um papel regulador, mesmo que pareça antagónico, no tratamento do colesterol.
Se a tua dieta é pobre em gordura, o nível de colesterol HDL (o colesterol “bom”), baixa. Isto é algo completamente indesejável, já que isto induz diretamente a aumentar o risco de sofrer um enfarte.
O HDL “seleciona” o LDL (colesterol “mau”) a partir do sangue, por onde é transportado até ao fígado para que seja excretado. Se o HDL se encontra desequilibrado em comparação ao LDL, este tende a aumentar. Os ácidos ómega 3 contribuem para elevar o HDL.
Baixo Nível de Testosterona
Dietas baixas em gordura são muito associadas à descida na síntese desta hormona anabólica.
Em concreto, o colesterol é uma das substâncias que intervém neste processo, criando testosterona, daí a diminuição do consumo de gordura. A gordura saturada é a que maior relevância exerce sobre a testosterona.
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