Uma das perguntas mais recorrentes: Como Perder Gordura e Manter o Músculo?.
Todos os que procuram melhorar o seu físico de certeza que já fez esta mesma pergunta: Que posso fazer para definir corretamente? Na fase de melhoria da composição corporal, podemos seguir estas premissas para nos aproximarmos deste objetivo.
Índice
Métodos para Melhorar a Composição Corporal
Perder Gordura e Manter Massa Muscular
Com o anterior título não devem ficar dúvidas
Não vamos ganhar massa muscular, mas procuramos reduzir o nosso índice de gordura corporal ao mesmo tempo que pretendemos manter o máximo de tecido muscular neste processo. Conseguir ambas simultâneamente (perco de gordura e ganho de músculo) são processos antagónicos: onde um dos pontos fundamentais que orienta a perda ou ganho é a exigência calórica.
Frases como “…definir e ganhar músculo ao mesmo tempo…”, ou “…quero perder barriga e ganhar bíceps…”, vão ficar já de lado.
Reduzir Calorias
Para perder peso é preciso reduzir a ingestão calórica.
Temos sempre de ter presente o nosso objetivo: Perder Gordura. É diferente do que primeiro mencionámos, já que em tal caso a perda de peso é atribuida tanto a gordura como a músculo…
Se queremos que o corpo capte o sinal de que deve ir aos armazéns de gordura, é necessário “ajustar as calorias” e estabelecer o défice.
Vai depender, em princípio, da nossa condição inicial, ou seja, tanto do nível atlético como da percentagem de gordura. Existe uma “norma”, por assim dizer, pela qual o corpo não gosta de extremos… Uma restrição severa está condenada pois, depois de se voltar à normalidade, ou seja, voltar a recuperar grande parte do peso perdido, e de forma rápida… É aquilo a que se costuma chamar de efeito de ressalto.
Evitar uma perda brusca
Ainda assim, este não é o pior dos males, já que continuar com um fornecimento menor de calorias pode causar algum tipo de desordem no nosso organismo e que, aliado ao exercício físico (aumento do défice calórico), pode levar a um grave impacto metabólico.
Obviamente que este escasso fornecimento de calorias faz retardar os processos de recuperação e, evidentemente, nos encontraremos com cada vez menos energia à hora de efetuar o nosso treino.
Como estabelecer o défice?
Na minha opinião, será sempre um défice de carácter moderado, não algo muito pronunciado. Um bom ponto de partida é o de se poder encontrar as nossas calorias necessárias diárias, para assim ajustar um recorte de aproximadamente 20%.
Deixo aqui uma tabela com o eventual défice calórico em função das calorias de manutenção, assim como as calorias que perdemos numa semana, e num mês:
Calorias de manutenção | Défice de calorias diárias | Défice de calorias por semana | Défice de calorias por mês |
2000kcal | 400kcal | 2800kcal | 12000kcal |
2500kcal | 500kcal | 3500kcal | 15000kcal |
2800kcal | 560kcal | 3920kcal | 16800kcal |
3000kcal | 600kcal | 4200kcal | 18000kcal |
3200kcal | 640kcal | 4480kcal | 19200kcal |
Desta informação conclui-se que alguém que tenha maior necessidade calórica diária de manutenção tem portanto de causar um maior défice (perder maior quantidade de gordura). Depois, também se pode dar o seguinte caso:
- Pessoas que tenham de perder grande quantidade de peso fazem-no mais depressa do que as que menos têm essa necessidade
- Pessoas com mais peso perdem menos massa muscular, mantendo o défice calórico do que outras que tenham que perder menos peso.
- Pessoas que possuem já uma percentagem baixa de gordura, e que queiram reduzi-la ainda mais, ser-lhes-á muito mais complicado, ao mesmo tempo que correm um maior risco de perda de massa muscular perante o recorte de calorias. Queres Baixar de 10% de Gordura Corporal?
Recordem que 1kg de gordura são 9000kcal. Assim, com uma perda média de 1-2kg por mês, de maneira geral e dependendo de cada indivíduo, é um cenário ideal para baixar de percentagem gorda progressivamente…
Ciclado de Calorias
Esta estratégia pode ser comtemplada nos casos de que se parte de uma percentagem baixa de gordura, e se pretenda continuar a reduzi-la, sem implicar a perda de massa muscular. Basicamente consiste em ingerir mais calorias nos dias de treino, e reduzi-las nos dias de descanso.
A proteína é o macronutriente que se mantém estável em ambas as circunstâncias, sendo manipulados os carbohidratos e gorduras.
Vamos ingerir no final da semana as mesmas calorias (dentro de um cenário hipocalórico), apenas que as vamos repartir de forma diferente.
Refeed
Um Refeed não é um Cheat Meal.
Estas designações tendem a gerar equívocos. Enquanto o primeiro conceito se refere a uma supercompensação nutricional estratégica, o segundo refere-se a um “capricho” que muitos desculpam ao argumentar que o que se procura é uma libertação psicológica ou outra qualquer justificação semelhante, quando na realidade têm perfeita consciência de que não é bem assim.
Obviamente, aqui o limite é marcado por cada pessoa, e de acordo com os seus objetivos, onde, no caso de estarem vocacionados para a competição, vão manter um planing exaustivo e sem sair do caminho traçado.
Benefícios da “Recarga”
O termo correto é uma sobre-alimentação baseada nos mesmos nutrientes que ingerimos, mas de maneira pronunciada, excetuando os denominados alimentos “lixo”…, para a regulação hormonal: aumento da leptina, a hormona encarregue de ser a reguladora da “fome”.
Se a mantivermos baixa durante muito tempo, torna-se mais difícil a eliminação de gordura, podendo chegar a uma possível estagnação.
Como fazer um Refeed?
Existem vários métodos de como realizar o refeed, ainda que em termos simplistas se aconselha que, de acordo com a condição física do indivíduo, relativamente à sua percentagem gorda, se faça bastantes vezes, ou então até chegar a um nível mais baixo, e que se suprima:
- Normalmente, se pretendemos <12-14%, “praticar” um refeed por semana é o mais recomendável. Podemos estabelecer, por exemplo, o domingo como dia de descanso, ou, no melhor dos casos, meia tarde/noite, para que a necessidade de doce não se apodere de nós, e aproveitar o facto que em pouco tempo estamos já na cama.
- Para pessoas que lidem com valores como estes, e <20%, 1 vez cada 2 semanas é o recomendado, deixando apenas uma refeição (jantar), neste caso o domingo, para não continuar a “atacar”.
- Já para outros casos, não creio que seja a opção recomendada, e deve-se trabalhar arduamente para “ganhar a tua recompensa”.
Comer Proteína Suficiente
Quando temos como objetivo perder gordura, mas também manter a massa muscular, o défice calórico é necessário
Mas, ao mesmo tempo, temos de mitigar a perda de tecido magro. Assim, portanto, comer por dia a adequada quantidade de proteína será uma das condições necessárias em períodos de definição. A proteína possui outra série de benefícios para perder gordura: fornece aminoácidos, sacia-nos e diminui o apetite e inclusivamente promove a “queima” de calorias (Efeito Termogénico da Comida ou TEF)…
Não obstante, nem sempre ingerir uma elevada quantidade de proteína deve ser o ideal, já que estão relacionados os outros macronutrientes, e tudo isso num contexto competitivo, como é O que deve Comer um Atleta de Rendimento.
Ajudas Ergogénicas
Principalmente, opto por:
CreatinaPor outro lado, para uma questão estética, tal como o nosso padrão de alimentação está descrito “low carb”, o uso de creatina e a sua posterior metabolização pode-nos fazer adotar um aspeto “rochoso” graças à redução do aspeto “vazio”.
A creatina fornece-nos um extra para manter a nossa força e capacidade de recuperação.
Termogénicos
Dentro destes produtos, ajudas “legais” como são a Cafeína e o Chá Verde. Ambas são compatíveis, de modo que ambas potenciam os seus efeitos. A toma primordial será antes de realizar a atividade física, de tal modo que se potencia a utilização de ácidos gordos.
Treino Eficiente
Paralelamente à redução de calorias, devemos continuar com o treino com cargas, dado que temos que dar uma “razão” ao nosso corpo para preservar a massa muscular, ou seja, para manter o estímulo.
Treinar sob restrição calórica
Treinar com pouca energia ou “na reserva” pode não ser fácil
Possivelmente, realizar rotinas de uma grande quantidade de séries e repetições pode não ser o mais conveniente, nem disso se calhar temos vontade. Ao invés, se o que pretendemos é manter a massa muscular (Recorda: Não procuramos Criar Massa Muscular neste período), realizar rotina de força pode conseguir um fantástico resultado.
Incluir algum exercício de isolamento é totalmente aceitável, mas a maioria do treino vai ter como base os restantes exercícios. Treina básico e pesado!.
Para definir, muitas repetições com pouco peso?
A ideia de treinos com pouco peso e muitas repetições já há muito que ficou de lado. Talvez contemplemos em alguma ocasião uma sessão para depleção de glucogénio, recorrendo a Super Séries ou técnicas semelhantes, por exemplo, mas não é o mais comum durante esta fase.
Ajustar as sessões de treino
Esta questão passa por reduzir volume e frequência de treino
Com baixo défice calórico, estamos a fornecer ao nosso corpo menos calorias das que necessitamos para as atividades, isto é, estamos a “stressar” o nosso organismo. Na minha opinião, optar por uma rotina de corpo completo com um treino de 3 dias por semana pode ser suficiente.
Se o fator chave para a manutenção da massa muscular sob restrição calórica é continuar a trabalhar o estímulo, o treino de força vai tornar-se o nosso aliado.
Priorizando os exercícios básicos e multi-articulares, já que desta maneira, em menos tempo, treinamos muito mais do que apenas se recorrer a exercícios isolados. Seremos mais eficazes. Os períodos que utilizemos vão ser sempre centrados na força, com poucas repetições e aumento, no caso de ser possível, do número de séries.
Dar prioridade à nossa capacidade de recuperação
A nossa recuperação ver-se-á reduzida por causa do défice de calorias. É por isso que se advoga fundamentalmente em produzir um estímulo sem elevar o stress, que já por si gira a dieta hipocalórica.
Reduzir o Cárdio
Se estamos a ser tão rigorosos no que diz respeito à alimentação, em certos aspetos o cárdio pode até não ser necessário, sobretudo se chegamos a um nível de progressão muito elevado. Com o cárdio produzimos um maior défice energético.
Maior consumo calórico
Apesar de ser uma atividade que fomenta muitíssimas melhorias na nossa capacidade atlética, o que pretendemos é manter a massa muscular e reduzir ao máximo a gordura (priorizamos a estética, não o rendimento), e se o treino de cargas for “necessário”, vamos considerar o cárdio apenas como uma opção, uma vez que o seu maior benefício é aumentar o défice de calorias.
Se já se falou de reajustar o treino mediante o volume e frequência, para o cárdio será o mesmo
HIIT
A minha recomendação é HIIT.
Não obstante, de acordo com a pessoa, pode chegar a entorpecer a recuperação necessária do treino de pesos, dado que são as mesmas fibras que vamos utilizar maioritariamente. Se a pessoa tolera o treino, acrescentaria 3 sessões semanais.
LISS
Cárdio de muito baixa intensidade.
Portanto, é totalmente aceitável que se possa manter durante todo o ano. Se tivesse de escolher algum tipo de cárdio, era realizar uma caminhada em jejum (45-60min), com prévia toma de algum termogénico ou combinação (cafeína + chá verde). É, sem dúvida nenhuma, uma fenomenal forma de começar o dia.
Isto não significa, naturalmente, que não se possa realizar este exercício noutro horário....
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